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Precisamos falar sobre o filme "Whiplash - Em busca da perfeição"

  • Samu Saint
  • 4 de set. de 2016
  • 2 min de leitura

Whiplash: Fora da zona de conforto onde reside a maioria dos filmes musicais, o filme é um espetáculo regido com maestria e precisão

Imagine comigo a seguinte hipótese: Dois diretores, embora com estilos e interesses opostos, se reúnem para juntos dirigirem um filme. Depois de diversas tentativas, durante o processo as divergências criativas falam mais alto e ambos decidem desistir da parceria e optam por trabalharem a mesma ideia individualmente, cada um com o seu próprio filme. Isso me pareceu ter acontecido com os filmes "Gravidade"(2013) e "Interestelar"(2014), sendo que o segundo saiu em desvantagem não só pelo cronograma de lançamento tardio, mas também devido ao seu roteiro excessivamente cientifico que o torna enfadonho quando comparado ao ágil e acessível ritmo em que segue o "concorrente".

Outro momento em que considerei a "teoria dos diretores discordantes" foi quando parei para conferir "Whiplash - Em busca da perfeição"(2014): Me pareceu proposital a barbara similaridade do longa com o filme "Cisne Negro(2010)". Enquanto no mais antigo tínhamos uma bailarina atormentada pelo seu diretor artístico, agora temos o dilema de Andrew Newman, um aspirante a baterista, importunado pelos métodos rigorosos do professor do conservatório, sendo ambos os alunos motivados pela utopia da perfeição técnica. Tão quanto na comparação anterior, mas uma vez o tempo se mostrou favorável ao filme que foi lançado primeiro, embora "Cisne Negro" também possua em si diversos pontos questionáveis.

Em certas cenas de "Whiplash", fiquei com a impressão que o roteiro se tratava na verdade de uma partitura musical com eventuais anotações, tamanho o exagero de cenas melodiosas, embora a maioria de ótimo gosto. Compensando, a direção de Damien Chazelle mantém-se em compasso eficiente com cenas de tirar o folêgo, estas muito superiores as que ele escreveu para o filme também do ano passado e também musical, "Toque de Mestre". E o Oscar de ator coadjuvante dado a J.K. Simmons era obrigatório, sendo que Milles Teller também foi muito competente no papel principal.

Vencedora do Festival Sundance, a trama do músico que sonha em se tornar uma lenda do jazz sobeja adrenalina. Equilibrando momentos comoventes com outros bastante sufocantes, a película desenvolve uma dinâmica emocionante e imprevisível. O resultado é uma surpreendente sinfonia, com swing e harmonia de sobra para ameaçar temporadas de ballet inteiras.

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