Trote Universitário Abusivos: Um problema machista
- JESSICA GUIMARÃES
- 7 de nov. de 2016
- 2 min de leitura

Quando o calouro entra na Universidade é muito comum ele passar pelo trote de bem-vinda feito pelos veteranos. Essa atividade consiste em diversos tipos de brincadeiras, que os próprios estudantes mais antigos aplicam nos novatos. O trote teve origem na idade média. O nome veio da forma do cavalo se mover - trotar.
O intuito do trote é a interação social dos novos alunos com os antigos. É nessa atividade que eles aproveitam para fazer o primeiro contato e se conhecerem melhor. O problema é que, muitas vezes, esses trotes podem exceder de violência.
De vez em quando é noticiado casos extremos em que alunos que passaram por trotes entraram em coma ou até foram vítimas fatais, devido à violência dessa prática. Para mulheres, algo tão pior quanto coma ou morte pode ocorrer, o abuso sexual.
Em 2014, estudantes de diversas Universidades, entre elas a USP, denunciaram práticas abusivas sexualmente em trotes e festas. As vítimas disseram que não tiveram apoio das instituições quando relataram o caso.
Pensando nessa violência, a USP montou o Disque Trote (0800 012 10 90) para que seja denunciado todo tipo de abusos nos trotes. Caso aconteça violência em outras Universidades, é muito importante que a instituição tome conhecimento do caso, para tomar as devidas providências contra os abusadores. A denúncia também é importante para inibir a vontade de potenciais abusadores a cometerem o crime. Fora que, a Universidade pode ser considerada responsável pelos abusos acontecidos nos trotes.
É exatamente por causa dos abusos sexuais que ocorrem nessas atividades universitárias que um grupo de feministas da ONU lançaram um movimento contra atos de violência cometidos com calouras e calouros. O movimento não é somente contra abusos sexuais. Ele é contra qualquer tipo de violência, como por exemplo a verbal.
Comments