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Precisamos falar sobre o filme "Boyhood - Da Infância a Juventude"

  • Samu Saint
  • 10 de set. de 2016
  • 2 min de leitura

Boyhood: De forma morna e sem muitos filtros, o filme consegue atingir o alvo

Uma vida inteira. Esta seria uma boa descrição para apresentar o processo de produção e estilo de "Boyhood". Dúvida? A equipe envolvida pode lhe dar mais detalhes. Para a turma que acha que já é muito passar cinco anos gravando filmes para uma franquia, descobrir que a equipe levou doze anos para concluir este único filme poderá desencadear reações inusitadas. "O que aconteceu?" - certamente questionariam. "Faltaram recursos no trajeto ou eles não tinham prazo mesmo?"

O fato é que "Boyhood - Da Infância a Juventude" teve o seu cronograma de gravações propositalmente distribuído ao longo de mais de uma década. A ousada proposta que parece bastante interessante para alguns pode parecer um pesadelo para outros, essencialmente para os atores do elenco. Mas a julgar pelo resultado final, não parece que a equipe ficou tão insatisfeita assim.

A começar pelo roteiro equilibrado e sóbrio, tudo na película flui com muita harmonia. O diretor Richard Linklater parece ter pego uma carona no ritmo de "As Vantagens de ser Invisível"(que também se trata da passagem da adolescência para a juventude), só que de forma mais cadenciada, abrindo mão dos excessos juvenis e priorizando dramas mais cotidianos. As constantes mudanças de casa da família protagonista aliás, funciona como uma inteligente metáfora quanto ao processo de amadurecimento pelo qual passa o grupo no decorrer do filme.

Sem duvidas, a grande peculiaridade do filme é justamente sua simplicidade. Não há nada de muito novo e mesmo assim consegue ser intenso. Para contrabalancear, uma trilha-sonora moderna e o texto cheio de referências pop equilibram o jogo, sem soar forçado. E temos Patricia Arquette, numa performance que faz jus ao Oscar que recebeu por esta.

Talvez a mensagem final da obra seja a que tudo passa: Não só a adolescência e a juventude, mas também o tempo, como mostrou o irrepreensível processo de edição ao resumir doze anos em um pouco mais de três horas. Assim, "Boyhood" conseguiu mais do que ser um projeto diferenciado: Ele redefiniu as definições de "longa-metragem".

SAMU SAINT

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