top of page

Precisamos falar sobre o filme "Uma Viagem Extraordinária"

  • Samu Saint
  • 13 de set. de 2016
  • 2 min de leitura

Uma Viagem Extraordinária: Embora não subestime a inteligência do espectador, a obra desafina nas notas finais

Nos dias de hoje é bastante difícil, na verdade quase impossível encontrar nas telas de um cinema um filme para crianças que consiga agradar também aos adultos. Tirando "Up - Altas Aventuras" e as franquias "A Era do gelo" e "Shrek", somente uma ou outra exceção escapa aqui e ali, pois a maioria dos filmes para os pequeninos revelam-se um martírio para os pais com histórias pouco criveis, dublagens irritantes e cenas, digamos, fortes demais para os pimpolhos. Neste oceano muito explorado pelo apelo comercial geralmente bem-sucedido que acompanha este tipo de produção, eis uma carpa: "Uma Viagem Extraordinária", dirigido por Jean-Pierre Jeunet e lançado ano passado passa ileso pelas redes do bom senso. Pelo menos boa parte dele.

O roteiro já começa brilhante: Para justificar a grande aventura do filme, que é a de um genial garotinho de dez anos que foge de casa, o texto procura-se aprofundar nos demais personagens coadjuvantes, acrescentando-lhes interessantes peculiaridades. Esta mesma estratégia deu certo em "UP" e aqui ainda tem a vantagem de contar com um competente elenco, encabeçado pelo prodígio Kyle Catlett e com destaque para a sempre excêntrica Helena Bonham Carter, no papel da mãe do menino. A disciplinada fotografia de Thomas Hardmeier também é de grande contribuição para manter o interesse de ambos os públicos, pois embora não se trate de um filme longo, os excessivos dados científicos que permeiam as falas podem confundir senão entediar os mais baixinhos.

Em suma, a obra segue num ritmo bom, porém desanda nas cenas finais, quando ao invés de simplesmente resolver a questão da fuga com a profundidade que deveria lhe ser aplicada, o diretor preferiu focar numa descartável critica ao superficialismo do mundo da fama, o que soa um tanto forçado, considerando que a fama do garoto se dá no meio cientifico, onde não existe metade dos truques e cobranças do meio artístico, por exemplo e este tropeço compromete sim o desfecho da película. A conclusão final é que em quanto em uns faltam ritmo, em outros sobeja, mas ambos os casos são negativos e até que sejam ajustados de forma equilibrada, o publico permanecerá órfão de obras cinematográficas sensíveis ao mundo infantil, onde aos olhos deles o menos é mais e não se estica bons finais.

SAMU SAINT

Comments


Conheça os Pais Ninja

Nós somos a Sara e o Raimundo...

Posts Destacados
Posts Recentes
Procure por Tags
Nossa Comunidade 

Super mamãe

Rei dos Papais

Cidades dos Bebes

Crianças Artísticas

© 2016 por Blog UniversiOtário

Criado com Wix.com

Todos os direitos reservados

  • Facebook Black Round
  • Instagram - Black Circle
  • Twitter Black Round
bottom of page